Na Graça, entre a Rua da Senhora do Monte e a Rua da Graça,
situa-se o Bairro Estrela D’Ouro. À semelhança de Vila Bertha é, também este,
um Bairro de operários, construído no início do séc. XX.
O seu mentor foi Agapito da Serra Fernandes, um galego, industrial do sector alimentar. Construiu um bairro para alojar os seus operários. Nele também construiu a sua residência, as oficinas, um centro recreativo e um cinema – O Royal Cine. O primeiro cinema de Lisboa a emitir um filme sonoro e que hoje, infelizmente dá lugar a um supermercado, só restando a fachada e o relógio no seu interior.
O seu mentor foi Agapito da Serra Fernandes, um galego, industrial do sector alimentar. Construiu um bairro para alojar os seus operários. Nele também construiu a sua residência, as oficinas, um centro recreativo e um cinema – O Royal Cine. O primeiro cinema de Lisboa a emitir um filme sonoro e que hoje, infelizmente dá lugar a um supermercado, só restando a fachada e o relógio no seu interior.
Ao Bairro deu-lhe o nome Estrela d’Ouro e espalhou
estrelas por todo o lado. Nos passeios, nos ferros forjados, nos painéis de azulejos e
nos alçados das portas. Consta que foi uma homenagem a Santiago de Compostela
que no tempo dos romanos se chamava ”Campus Stellae”, ou seja, “Campo da
Estrela” por ter sido uma estrela que indicou milagrosamente o túmulo de
Santiago.
Painéis de azulejos não deixam esquecer o seu fundador. As
ruas do Bairro recebem nomes da família e a sua residência o nome de sua
mulher.
Uma residência apalaçada inspirada na arte nova, muito em voga na época e que ainda se mantém tal como era. Um lago, fontanários, capela, jardim e uma horta fazem parte da “Vivenda Rosalina” hoje transformada em lar.
Uma residência apalaçada inspirada na arte nova, muito em voga na época e que ainda se mantém tal como era. Um lago, fontanários, capela, jardim e uma horta fazem parte da “Vivenda Rosalina” hoje transformada em lar.
Um relógio em cerâmica, colocado numa das ruas, marca a hora
da inauguração do Bairro: sete horas da manhã de um qualquer dia de 1909.
Porque a data precisa, essa não consegui saber.
Os moradores ainda recordam o Sr. Agapito com carinho. Amigo das crianças e dos animais e
a porta de sua casa estava sempre aberta...
São estes pedaços de história, unidos como se de uma manta de
retalhos se tratasse que fazem a identidade de Lisboa. Vale a pena passar por
lá e deixar-se transportar no tempo… Na Graça!
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